Estes dados passam impunemente na nossa imprensa porque também temos os hábitos de leitura mais baixos da Europa e sem leitura a cidadania reduz-se ao caciquismo, ao voto porque sim ou porque não.
Mas há mais.
Sem leitura o formação profissional não sai da cepa torta. E a economia continua a assentar na exploração de uma mão de obra mal preparada e,também por isso mesmo, mais barata.
Mas ainda há mais.
A nossa classe empresarial tem um déficite assentuadíssimo de cultura empresarial. Há muitos que ainda olham para a leitura como um coisa de intelectuais, gente que não faz nada, não produz.
Aliás, a história da renitência à leitura em Portugal, que é longa, resulta também de raramente termos tido uma classe dirigente informada, com sentido de serviço do povo e da nação e acetuada carência de modernidade.
Podíamos continuar mas este blog chama-se "Queridas Bibliotecas" e é às minhas queridas Bibliotecas e a todos os que aí fazem ninho, para lembrar a importância da nossa luta pelo incentivo à leitura que é também a luta contra a pobreza, pela cidadania, pela modernidade que parece tão distante.
Exige-se teimosia e cabeça erguida. Ler é entender, é crescer, é tomar as rédeas da ficção na nossa mão. Ler é reconstruir o romance da nossa vida de uma forma mais feliz.
"Ler é reconstruir o romance da nossa vida de uma forma mais feliz." - tomei nota, Mestre.
ResponderEliminarUm beijo.