Descobrir a liberdade de amar foi uma das grandes conquistas dos jovens nos anos de 67, 68, 69.
Nos EUA gritava-se "MAKE LOVE NOT WAR".
Não podíamos estar mais de acordo. Mas em Portugal era proibido dar um beijo na boca em público. Dava direito a prisão.
Os vícios escondidos dos senhores do regime vieram a lume com os Ballets Roses mas logo foram tão apagados quanto possível.
Mas a liberdade de amar com alegria e transparência, entrega e fervor, essa liberdade é que era o escândalo e a subversão para eles.
E eu lembro-me do orgulho com que andávamos de mão dada e nos abraçávamos na rua, nas paragens de autocarro, no metro, com que nos beijámos felizes de amar à luz do sol.
Tínhamos 17 ou 18 anos e o mundo estava a ser varrido por um grande vento.
Foi um tempo em que extravazámos tudo o que esteve recalcado durante anos, e foi (ainda é) tão bom...
ResponderEliminarSou pós-68. Em Abril tinha 2 anos. Não vi; não estive; não conquistei. Pude amar ao sol; ao luar; sentir a brisa do mar a dois. Mas, porque houve quem escrevesse; cantasse; quem, com palavras, tão bem descreveu, que sinto que Abril também é meu. Como se lá tivesse vivido; lutado. Conheço o Zé Fanha desde pequenita. E forasm as suas palavras e a de tantos outros que me sinto uma papoila de Abril. Obrigado
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ResponderEliminarCorrecção, pois a mensagem anterior tem alguns erros e está muito mal escritinha (mão à palmatória): "E foram as suas palavras e as de tantos outros que fizeram com me sentisse, desde sempre, uma papoila de Abril. Obrigado".
ResponderEliminarParece mais perceptivelzinha, esta mensagem:)
Não vivi essa agitação...
ResponderEliminarHoje, devemos estar gratos porque podemos mostrar ao Mundo lá fora a felicidade que sentimos por dentro.
Sem quaisquer receios...
Um abraço,
Estava lá
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