A poesia tem sido uma companheira imprescindível nos bons e nos maus momentos da vida.
Poetas há que me iluminaram, que me encheram de música, que me inquietaram, que me fizeram revoltar e arder, que me irritaram, que…!
Nunca me foram indiferentes. Nenhum me foi indiferente. Nem o mais humilde. Nem o mais desajeitado. Nem o mais presunçoso. Porque todos têm uma ferida e essa é a matéria de que se faz o poema. Alguns conseguem transformar em luz a sua dor e fazem uma ponte entre si e o outro.
Outros fazem negócio e vestem-se de banalidade ou lágrima de fancaria, ou desespero prêt-à-porter, ou pompa literária de grande efeito e pouca consistência.
Na poesia também existem modas com todos os equívocos que as modas provocam. Há poetas que andam hoje na moda e qualquer dia são esquecidos. E outros cujo nome desaparece da ribalta mas que, com o passar do tempo, volta a aparecer aqui e ali quando procuramos as colunas sólidas que sustentam a casa do poesia.
Começo hoje uma pequena viagem por poetas que não estão na moda, poetas que é bom lembrar, poetas em que podemos beber alguma da melhor água da poesia portuguesa.
Infelizmente não é só na poesia que se encontra pouca consistência!!
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