A propósito deste desfilar por alguns poetas que não estão na moda ou/e que são menos conhecidos, o meu amigo Samuel, O Cantigueiro, deixou-me estas palavras num post:
"É uma bela forma de viajar, esta tua. Ir avançando, passo a passo, parando aqui e ali, falando com quem está, apanhando uma ou outra flor mais escondida, fazendo grandes desvios da estrada principal...
Bela forma de viajar!"
Comoveu-me, o malandro. Porque é mesmo uma viagem de um amante da poesia, gato com o rabo escaldado das oficialidades, dos opinantes, dos academistas, dos rapazes dos lobies... Sei lá.
Sempre andei por margens. Mas também sempre guardei memória das paixões, das vivências e das convicções.
Por isso faço deste blog um lugar de recordar coisas e pessoas. Recordar alguns que por isto ou po aquilo têm sido injustamente esquecidos. E assim me vou recordando de mim, como fui, como vou sendo, como serei enquanto a teimosia me der chama.
A verdade é que gosto de poesia. Gosto muito de poesia e de a partilhar. Tenho passeado pela poesia portuguesa até aos recantos mais remotos. É muito rica a arca da poesia portuguesa e, sobretudo, da poesia portuguesa desde o último quartel do séc. XIX até finais do séc. XX.
Fico feliz quando dou a conhecer um poema ou um poeta a alguém que não o conhecia e que fica a sentir-se de súbito preso por essa mágica teia de palavras (Olá licínia). Essa partilha fica a ligar-nos e o tempo da solidão e do desalento torna-se mais doce e traz-nos mais alguma promessa de consolo.
Pelas tuas palavras, Samuel, e ainda pela tua arte, também ela a viver na margem mais fraterna da vida, um grande abraço, meu amigo, um grande abraço!
E como eu te agradeço esta tua forma de viajar... que o Samuel tão bem comentou...
ResponderEliminarÉ um reencontro tantos anos depois...
Beijos
Também estou a gostar muito de caminhar ao seu lado nesta saborosa viagem. Obrigada.
ResponderEliminarBeijo,
Grande abraço, companheiro!
ResponderEliminar