domingo, 29 de março de 2009
SER OU NÃO SER BRUXA
APORTA
Início do Capítulo 10:
"Um dia, a minha mãe ficou muito surpreendida quando reparou que a Bruxonauta estava há que tempos encostada à ombreira da porta, tristonha, cabisbaixa, a suspirar.
- Ó menina Bruxonauta, nunca a vi assim... O que é que tem?
- Estou triste... Muito triste...
- Se calhar precisa de chorar... - disse o meu pai que só queria ajudar mas parece que ainda pôs tudo pior.
- Não me falem em chorar senão eu choro!
A bruxonauta nem parecia a mesma. A minha mãe sentou-a no sofá e até a despenteou um bocadinho o cabelo a ver se a animava. Mas qual quê!
- Vá lá. Desabafe. O que é que a pôs assim?
De dentes cerrados e olhos postos no chão, lá se resolveu a explicar-se.
- Estou farta de ser bruxa!
- Essa agora! Quem havia de imaginar? A menina, que é a bruxa mais simpática que eu conheço - exclamou o meu pai como se conhecesse mais alguma.
- Mas eu não quero ser Bruxa. A minha avó foi bruxa, a minha mãe também, mas eu não quero!. Não quero! Já disse!
A minha mãe olhou-a como se através dela pudesse ver o mundo inteiro.
- Cada um tem o seu destino. Contra isso não podemos fazer nada...
O meu pai deitou o rabo do olho para a vassoura electrónica da Bruonauta cheio de vontade de dar uma voltinha.
- É assim tão mau ser bruxa?
- É horroroso! O qu eu queria era ser astronauta. - os olhos até lhe brilharam - ser astronauta, isso é que é vida!"
Tenho de comprar "A Porta" urgentemente.
ResponderEliminarEstou como aquelas crianças a quem mostram um chocolate, mas depois não a deixam prová-lo.
Obrigada!
Deste também tenho a 1ª edição e li e reli-o vezes sem conta ao meu filho e a outras crianças amigas
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