domingo, 30 de maio de 2010

O SENHOR JOSÉ



"Qual é o seu nome?", perguntam-me vezes sem conta naqueles assaltos à mão armada via telemóvel que são executados por pobres tarefeiros em nome das telefónicas, dos canais de televisão, dos bancos, dos seguros, dos inquéritos e de um sem número de chatos militantes que nos ligam com conversas oblíquas para, regra geral, nos venderem alguma coisa que não queremos.

"Qual é o seu nome?"
Caí que nem um patinho já não sei quantas vezes, respondendo imediatamente: "José Manuel Krusse Fanha Vicente."

"Senhor José..." começa então o funcionário do outro lado do telefone. E aqui é que a coisa se entorna. Fico transido, revoltado, irritado. Eu não sou o sr. José. Não quero ser, recuso-me a ser o senhor José. Detesto as pessoas que me tratam por senhor José. Senhor José é certamente uma marca de pastilhas elásticas. Ou de margarina. Ou de detergente. Ou de....

Eu tenho um nome! Tenho até vários nomes que me podem diferenciar dos outros Josés.

Gosto muito de ser diferente! E gosto muito dos que me são diferentes, c ada qual com o nome que o distingue, que o caracteriza, que o indivuidualiza. Não quero é ser mais um José! Isso é que não, por favor!

4 comentários:

  1. Como entendo a sua irritação, meu amigo! Mas esqueça o "Senhor" e lembre só "A importância de se chamar José"!

    Beijinhos

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  2. Bom dia (quase tarde), escrevo-lhe pois sou seguidora deste blog e faço-lhe referência no post de hoje "Prémio Dardos" no meu blog.

    Gosto bastante de vir até aqui, quando tenho um tempinho e ler estes textos que tanto me agradam.

    Desejos de uma óptima semana!

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  3. Ok Fanha, não te trato mais por Sr. José, fica combinado... Para mim é tudo mais fácil, quando sabem o meu nome tratam-me logo por Tiago, pois um Tiago nunca é Sr., Tiago é nome de puto.

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