sábado, 31 de julho de 2010
ANTÓNIO FEIO: UMA GARGALHADA PELA VIDA
ZARABADIM foi o primeiro programa que escrevi para RTP. 1985, julgo eu. O texto a meias com a Dulce, com quem na altura partilhava a vida, alguns sonhos e um filho que continuamos a compartilhar.
A música era do Carlos Alberto Moniz, os figurinos do Mário Alberto, os cenários creio que do Fernando Filipe. Actores: José Wallenstein, Ângela Pinto, Francisco Pestana, São José Lapa, Filipe Ferrer e... António Feio, o palhaço que iluminava o fundo do chapéu de um mágico, onde se paasava a acção, com o seu grande sorriso.
Mais tarde, o António e o Zé Pedro Gomes chamaram-me para escrever aquele que foi o texto da primeira "CONVERSA DA TRETA".
Trocámos o último abraço há poucas semanas. Com um sorriso. O António era assim: levava tudo à frente dele na ponta de um sorriso ou de uma gargalhada. E assumiu a doença desassombradamente num grito de amor à vida que nos fica como rara lição.
Caramba... nem me lembrava disto... claro, nasci em 81 mas tenho melhor memória de tempos passados do que os de agora, no entanto era pequenina demais, mas ao rever estas imagens dei por mim a trautear a melodia... acho que algo ficou cá gravado, afinal.
ResponderEliminarObrigado pela memória e partilha!
Belos tempos.
A vida é um veículo que surge e desaparece a várias velocidades, cheia de encontros e desencontros, de amor e sofrimento de quem o Actor António Feio nos deu um exemplo de coragem e luta.Ficam na nossa memória o seu olhar penetrante, o ofício do actor inteiro e criativo que foi. Um exemplo anti-neurótico de quem lutou com uma doença do pior prognóstico, sem ter sequer tempo para fazer o luto da sua irmã, curiosamente vítima do mesmo mal.
ResponderEliminarAs palavras mais bonitas que já li aqui na net sobre António Feio.
ResponderEliminarObrigada!
Beijos, já com saudade...
Mas que prazer recordar estes tempos maravilhosamente deliciosos.
ResponderEliminarUm abraço sentido e um sorriso chorado ao querido António.
Ah, pois! Zarabadim. E um puto figurante que se deixava deslumbrar por tanta ternura: eu!
ResponderEliminarAbraço, Zé.
Já não me lembrava Pedro. Que bom estarmos ligados também por isto.
ResponderEliminarGrande abraço
Cresci com ele.Obrigada.
ResponderEliminarhttp://jardimamoreira.blogspot.com/2010/07/um-sorriso-para-ti.html