domingo, 9 de janeiro de 2011

NÓS SOMOS TEIMOSOS



ABRIL vai ficando mais longe. Crescemos muito mas também houve muito que ficou por cumprir.

A democracia que vivemos não é bem aquela que alguns de nós sonhámos.

Instrumentos antigos com histórias gloriosas como, por exemplo, os sindicatos parecem ter perdido a sua função.

Os partidos transformaram-se em agências de empregos, centros de jogo de interesses particulares e pouco mais.

Os interesses nacionais têm-se apagado. O neo-liberalismo instaurou um estado de coisas muito feio.

Mas é claro que não vamos desistir.

O mundo tem evoluído com uma mecha do caraças... Parece que as grandes lutas transformaram-se numa multiplicidade de pequenas lutas. Pelo ambiente, pela qualidade de vida e do ensino, pela saúde, pela cultura, pelo respeito e pela dignidade da vida humana, pela verdade, pela informação... Coisas pequenas mas que todas juntas...

Vás tu descansado, Vítor. Nós somos teimosos.

5 comentários:

  1. Bonito adeus. Somos teimosos, sim! Por isso vamos continuar.

    Beijo.

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  2. ÚLTIMO BRINDE

    "Queiramos ou não
    Temos apenas três alternativas:
    O ontem, o presente e o amanhã.

    E nem sequer três
    Porque como disse o filósofo
    O ontem é ontem
    Apenas nos pertence como recordação:
    À rosa desfolhada
    Não se podem tirar mais pétalas.

    São apenas duas
    As cartas por jogar:
    O presente e o dia de amanhã.

    E nem sequer duas
    Porque é um facto bem estabelecido
    Que o presente não existe
    Senão na medida em que se faz passado
    E já passou…
    como a juventude.

    Bem feitas as contas
    Resta-nos apenas o amanhã:
    Ergo o meu copo
    Por esse dia que jamais chega
    Mas que é o único
    De que dispomos realmente."

    Nicanor Parra, de Canciones Rusas (1967)Versão de HMBF

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  3. Não digo Adeus mas sim um ATÉ JÁ.
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    Penso que anda muita gente neste País sem saber de que teimosos aqui se fala!!!
    Será que andam distraídos?

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  4. Muito teimosos. Muitos, muitos mais que o que se propaga por aí nas vozes espelhos negros de nós mesmos. Lembrando Vítor Alves, havemos de saber fazer das saudades firmezas,das crises ousadias, pela outra face do amanhã: o depois de amanhã.

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  5. Não vou ser, sequer, original, mas fica aqui o desabafo: por que razão têm aberto, quase sempre ultimamente, os telejornais com as notícias de um homicídio e tão pouca cobertura deram à morte de um dos homens que permitiram que hoje houvesse liberdade de imprensa?
    Triste pátria que tais jornalistas tem...

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