segunda-feira, 25 de julho de 2011
LEITURA E ESCRITA
Estou de acordo com o Professor Daniel Sampaio. Profundamente de acordo e também no aplauso às recentes medidas do Ministro Nuno Crato.
A questão da exigência no ensino do Português e da Matemática é urgente. E, nesse sentido, a questão da leitura e da escrita. É fundamental promover e incentivar a Leitura e não "animar" a leitura. E, para promover a leitura é preciso que os professores sejam leitores.
Sem a leitura, o estudo das ciências fica coxo. Sem a leitura a cidadania fica coxa. Sem a leitura ficamos com menos um canal importantíssimo de ligação de cada um consigo próprio e de cada um com o outro, de cada um com a sociedade.
É preciso assumir a leitura plena e não a simplificação. O texto e não o resumo. A literatura e não o hamburger.
Ler é bom. Ler é indispensável. E falo de ler ligado a escrever. São indissociáveis.
É necessário que esta urgência se inscreva de uma vez no plano das urgências políticas e das práticas pedagógicas.
Meu querido Zé!
ResponderEliminarVou agora ler o artigo. Mas concordo muito, mas em parte contigo. Ler, sim. Mas o meu "negócio" maior é mesmo a escrita e a capacidade que cada um pode dar no seu contributo de estar vivo. Escrever é, para mim, o grande calcanhar disto tudo. E não precisa de ser "animado" também. Basta ter espaço ou - e de uma forma mais provocatória - bastaria que os professores gostassem de escrever para conseguir ajudar os alunos numa coisa que, em situação normal, lhes é natural: comunicar e criar.
Um grande abraço!
É ISSO MESMO, PEDRO! O PROBLEMA É MESMO A FALTA DE VONTADE OU CAPACIDADE DE CRIAR.
ResponderEliminarGRANDE GRANDE ABRAÇO FRATERNO
Vamos lá ver se não ficaremos com mais do mesmo levando os alunos a saturar. Não sei se será demasiada gramática e demasiada tabuada. Os alunos precisam de desafios, a leitura pode ser um desafio, a escrita também. Outras coisas são menos desafiantes, algumas coisas até nos fazem adormecer... Eu reclamo mais horas de disciplina artísticas. Eu acho que pelo teatro, pela música, pelo design, pelas artes plásticas, pelo vídeo e pela dança os alunos chegavam lá mais depressa e mais felizes (um atalho).
ResponderEliminarHá muitos anos (1990) a revista O Professor dedicou um número a um tema aliciante: O que a escola enjeita, a prisão aproveita. Longas batalhas...
ResponderEliminarTenho de confessar que não estou tão entusiasmada com as medidas que o Sr. Ministro propõe para colmatar as falhas no ensino do Português e da Matemática, como o meu Amigo.
ResponderEliminarComeço até por ter pena dos alunos!
Não penso que o problema resida no número de horas que se dedicam às ditas disciplinas, mas no número excessivo de professores que são simplesmente homens e mulheres-a-dias do ensino.
São estes que causam danos irreparáveis e estragam o trabalho de todos os que gostam de ensinar!
Saber ler não é juntar letras que formam palavras e a Matemática é mais do que saber fazer contas!
Claro que não temos de animar a leitura.
Mas como vamos fascinar e apaixonar os alunos se não conseguimos voar e fazer voar até “com as gralhas do texto”?!
Como vamos dizer aos alunos dos aromas e da sonoridade da língua se só sabemos ler aos “arrancos” e tão monocordicamente?!
Veja uma aula sobre Camões, o lírico passa-se à frente pois é muito melado! E o épico nem vem muito a propósito no programa; afinal a Epopeia dos descobrimentos já foi há tanto tempo!
Acredite que há professores que pensam estas barbaridades! Já sei. Há gente excepcional! Mas então e os outros, os que não gostam nem sabem ensinar?!
E não só com Português e Matemática se formam pessoas com competência argumentativa e preparadas para exercer em pleno a cidadania…
A ver vamos… Mas parece que já oiço os miúdos:
-Que “seca” Prof!
"Não penso que o problema resida no número de horas que se dedicam às ditas disciplinas, mas no número excessivo de professores que são simplesmente homens e mulheres-a-dias do ensino." Teresa Pombo
ResponderEliminarE não pensas muito bem!
Desde que inventaram os relógios que há quem se deslumbre com a medida das horas como se fosse a medida do valor do tempo.
Preocupa-me ainda o clima de tensão e desalento que sinto em muitos colegas de profissão / ensino.
Devo estar velha, é isso! Em Setembro vamos ver. E depressa.