domingo, 23 de fevereiro de 2014
ECONOMIA, POESIA E AMIZADE
Sempre que me meto com a falta de sensibilidade e cultura dos gestores e dos economistas recebo um mail ou um SMS do meu amigo Nicolau Santos a embrar-me que há economistas que lêem poesia e até há os que escrevem e dizem poesia como ele próprio.
É uma excepção, penso eu. Mas talvez não seja único. Talvez haja outros economistas e gestores que têm outros caminhos para entender o mundo que não sejam apenas as estatísticas e os computadores.
A página semanal do Nicolau no supolemento de economia do Expresso é uma exemplo delicioso em que ele sempre junta poesia ao seu comentário sobre economia.
E eu gosto de lhe dizer que enquanto houver uma economista que goste de poesia, há uma réstea de esperança para este mundo tão tristemente neo-liberalizado.
E aqui deixo um poema do Nicolau do último livro que escreveu a meias com o António Costa Silva.
ANTES ERA A WALL STREET
Nos anos 80 escrevi um poema a dizer:
A Wall Street é uma rua estreita.
E comprida.
Tão comprida que atravessa o meu país.
Nos anos 90 adoptei o poema.
A Castellana é uma avenida larga.
E comprida.
Tão comprida que atravessa o meu país.
Agora está na altura de escrever:
O Bundestag é um edifício muito grande.
E pesado.
Tão pesado que esmaga o meu país.
ResponderEliminarUm triângulo possível, mas ainda assim um tanto estranho. Se bem que, quando a uma gota de água adicionamos outra gota de água, verificamos que obtemos, não duas gotas, mas apenas uma gota maior (1+1=1). Tudo é possível!
Lídia
Os números
ResponderEliminarnão têm
em poesia