Poeta breve e fulgurante, Daniel Faria naceu emn 1971 e faleceu em 1999 quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.
Anunciando uma clara influênia de Eugénio de Andrade, Daniel Faria construiu uma voz própia que deixava prever um longo e magnífico caminho na poesia que infelizmente ficou apenas pela promessa.
AMO-TE NESTA IDEIA NOCTURNA DA LUZ NAS MÃOS
Amo-te nesta ideia nocturna da luz nas mãos
E quero cair em desuso
Fundir-me completamente.
Esperar o clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo
Os focos celestes que a candeia humana não iguala
Que os olhos da pessoa amada não fazem esquecer.
Amo tão grandemente a ideia do teu rosto que penso ver-te
Voltado para mim
Inclinado como a criança que quer voltar ao chão.
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