A linha do horizonte faz uma curva perigosa e está fora de mão.
A linha do horizonte, afinal, é um embuste linear e um veículo mal conduzido.
Quem lhe deu toda esta grandeza esqueceu-se de que lhe
estava a dar todo o poder. Ouviste, Deus?, é contigo.
Ou será que te enganaste e não percebeste que o horizonte
não é para ver de cima? Já não é a primeira vez que te apanho em falso.
Repara nos homens.
Nas guerras.
Na fome.
Nos incêndios e nas cheias.
Queres pior?
Repara na mentira.
Queres um resumo? Repara em ti.
Já sei, já sei. Para estes casos tu não és nenhuma entidade
superior, tu és dentro de cada um de nós.
Mas a multa do horizonte fora de mão, pagas tu.
Fernando Tordo
Descobri hoje um livro teu em Ourém e trouxe-o comigo.
ResponderEliminarAgora vou à procura deste do Tordo (que não conhecia, mas sei onde encontrar...)
Beijos
Há tempos na FNAC fui surpreendida por este título e pelo seu autor. Pensei: Fernando Tordo? Músico? Poesia? Talvez seja um consistente ramalhete.
ResponderEliminarDou uma espreitadela e leio:
"Isto é que me dana.
A vida em vão
o vão da vida
uma espécie de entrada por saída."
Trouxe-o. Vale mesmo a pena lê-lo.
Ainda bem que o Fanha aqui o trouxe.
Rita Carrapato
Obrigado. Recife, 13 de Julho de 2017. Ftordo
EliminarObrigado. Recife, 13 de Julho de 2017. Ftordo
EliminarBem esgalhado!
ResponderEliminarUma óptima descoberta!
ResponderEliminarAbraços e sorrisos muitos :)))
J.Fanha, que bom divulgar este livro... foi um enorme prazer ouvir-vos.
ResponderEliminarMais, para quando?
:)