domingo, 21 de dezembro de 2008

PORQUE É NATAL



Queridas amigas e amigos,

O que eu gostava mesmo era de ser o Pai Natal. O verdadeiro. O autêntico. O que desce pelas chaminés e leva uma prenda a cada menino. E, já agora, a cada adulto.

Sei que já não há chaminés por onde possa escorregar um Pai Natal que se preze. Teria de aprender outros truques para entrar na casa de cada um.

Mas havia de levar prendas daquelas que não são compradas à pressa. Nem precisam de muitos laços e fitas. Prendas com prendas dentro. Das que ficam muito tempo a fazer ninho no coração das pessoas.

Levava sorrisos. Sobretudo sorrisos. Não daqueles que se acendem a medo, de espinhela dobrada, “com-licença-faz-favor”. Mas sorrisos fortes como os dos homens que são capazes de olhar de frente a vida e dar a volta aos tropeços do destino.

Levava palavras. Palavras escritas devagarinho e com todas as letras. Palavras fraternas e limpas como as pedrinhas que se apanha à beira mar. Cada uma escolhida de propósito para cada pessoa.

Levava livros também. Daqueles que nos oferecem muitas horas de viagens verdadeiras, de alegria, de espanto, de maravilha, de medo, de ternura. Daqueles que nos fazem conhecer outras pessoas, com outros desejos, outras dores e outros sonhos. Livros que nos ajudam a saber que cada um de nós não é o centro do mundo e nos permitem a festa estender pontes daqui para ali, do nosso peito para o longe do universo.

Talvez não consiga levar-vos tudo isto pessoalmente. Mas segue um abraço dado com toda a força e o desejo de muita luz neste Natal.

José Fanha

15 comentários:

  1. Muito obrigada por este magnífico presente, o prazer de ler as suas palavras que me fazem sorrir e sentir ternura.
    Para si, um Feliz Natal!

    Leonor

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  2. Como sempre acontece com a tua escrita saio daqui emocionada... com lágrimas nos olhos, mesmo.

    Deixo-te um abraço muito apertado e um enorme Obrigada!

    Beijos.

    (vou levar este texto tal e qual para ficar dois dias lá na ilha...)

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  3. José Fanha,

    com suas palavras emocionada fico. Obrigada.

    desejo-lhe o melhor, um FELIZ NATAL! a si e aos que mais ama, ondas de AFECTOS o acompanhem nesta quadra festiva e nos restantes dias do Novo Ano.

    um afectuoso abraço e o meu sorriso :)
    mariam

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  4. Era tão bom termos um Natal carregado de prendas, mas daquelas que não se compram, daquelas que cada um de nós tem dentro de si e às vezes não quer partilhar.

    Um Natal cheio de alegrias!

    Um abraço
    Esperança

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  5. José Fanha,
    Deixou-me com as emoções à deriva, multiplicou-as...
    Gostei verdadeiramente desta dádiva em forma de texto.
    Um BOM NATAL para si, para o seu filho João e para as suas filhas Sara e Matilde. Sejam felizes!

    Abraço ternurento e muitos sorrisos :)))

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  6. Um presente valioso na palavra do coração. Um obrigada.
    Um Feliz Natal sentido na chaminé da alma.
    M.T.

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  7. Obrigada Zé!
    Eu gostaria de receber os teus presentes!
    Feliz Natal :-)

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  8. Obrigado pelos sorrisos, palavras e livros, prendas que sàbiamente nos dás em cada mensagem, em cada reflexão, nos poetas que divulgas com a maior paixão do mundo, com ou sem Natal.
    Júlio

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  9. José Fanha,

    Que os raiozinhos de Luz que regularmente aqui nos vais oferecendo e anunciando sejam o sereno aconchego do teu belíssimo coração.

    Um beijo, meu Mestre, meu Poeta, meu Amigo.

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  10. Um Feliz Natal e Ano Novo, sempre no coração das palavras.

    Margarida

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  11. Mas isso já tu fazes há muitos anos, companheiro!

    Grande abraço

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  12. Acabei de ler as suas palavras e dei comigo a pensar: ora aqui está alguém que pratica algo que eu defendo com unhas e dentes há muitos anos e que é a ideia de que o Natal é quando um Homem quiser!
    Como comenta o Samuel, há muito tempo que, no seu dia a dia, o José Fanha nos oferece sorrisos e palavras, escolhidas de propósito, apanhadas à beira-mar, enfiadas num fio de nylon para fazer adornos, com lombada gravada a ouro!
    É por isso que o "vejo" como um Pai Natal que chega em Dezembro ou em Março, em Setembro ou em Maio, ao domingo ou à 6ª feira...
    Quando quiser! Seja bem vindo!
    Um abraço.

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  13. Acabei de ler as suas palavras e dei comigo a pensar: ora aqui está alguém que pratica algo que eu defendo com unhas e dentes há muitos anos e que é a ideia de que o Natal é quando um Homem quiser!
    Como comenta o Samuel, há muito tempo que, no seu dia a dia, o José Fanha nos oferece sorrisos e palavras, escolhidas de propósito, apanhadas à beira-mar, enfiadas num fio de nylon para fazer adornos, com lombada gravada a ouro!
    É por isso que o "vejo" como um Pai Natal que chega em Dezembro ou em Março, em Setembro ou em Maio, ao domingo ou à 6ª feira...
    Quando quiser! Seja bem vindo!
    Um abraço.

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  14. Obrigada José Fanha.
    Este foi o presente que nos encheu o coração.
    Vamos todos aqui em casa passar um Natal com muito mais carinho.
    Um abraço muito "forte" e um Feliz Natal!

    Fernanda

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  15. Interessa que conste que o Natal será quando um homem quiser, mas que terá tanto maior significado se o «como» lhe aconchegar substância.

    Esse o Natal que nos propões e que eu acolho de braços abertos.

    Um grande abraço.

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