O ESPELHO DA ALMA
(Pequenas deambulações)
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Aos sábados, a "Babelia", magnífico suplemento cultural do jornal "El País", publica "Ida y vuelta" uma crónica do escritor António Munñoz Molina.
A de dia 16 intitulava-se "Novela de una cara" e tecia interessantes considerações sobre um retrato e sobre o misterioso romance que se lhe pode adivinhar por trás.
Reproduzia um quadro de Romaine Brooks. Falava, de seguida, sobre o mistério que podemos adivinhar por trás de um retrato, "... a promessa de uma história que estamos impacientes por saber."
Uma frase de Muñoz Molina ficou-me:
"A CARA É UM ESPELHO DA ALMA, MAS DA ALMA DE QUEM O ESTÁ A VER."
Molina cita a seguir Oscar Wilde que afirmava haver quem tire o rosto para mostrar a máscara que esconde por baixo.
Lembrei-me de uma outra afirmação de Ocar Wilde:
"QUALQUER RETRATO PINTADO COM SENTIMENTO É UM RETRATO DO ARTISTA, NÃO DO MODELO."
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4 comentários:
olá, Fanha!
somos reféns da geometria!
tudo o resto são imagens, miragens...
um abraço
Zé Fanha,
Modelo e artista fundem-se num só!..Evidencia-se a forma como o primeiro é visto e transmitido pelo segundo. Empresta-lhe as suas vivências. Passa assim a pertencer-lhe...
Um abraço,
Paula
Ora, viva, meu caro... Há quanto tempo! Venha daí um abraço!
Andei por aí abaixo a ler-te todinho, passeando por cantos e recantos de vida pelos teus olhos. Na verdade, uma boa forma de (a)percebermos a cara do artista... ;-)
"A CARA É UM ESPELHO DA ALMA, MAS
DA ALMA DE QUEM O ESTÁ A VER."
Ou, colocado de uma forma mais à la mode, virtualizamos a nossa própria realidade...
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