domingo, 27 de julho de 2008

EDMUNDO DE BETTENCOURT (1899-1973)



EDMUNDO DE BETTENCOURT

Nasceu no Funchal e foi em 1927 um dos fundadores da revista literária Presença

Foi a música e o fado de Coimbra que o popularizaram, de tal modo que mesmo gerações posteriores o aclamaram; José Afonso, cujo pai fora contemporâneo de Bettencourt, considerava-o o "maior cantor de fados de todos os tempos".

Parece hoje claro que, para a qualidade artística de Edmundo Bettencourt, muito contribuiu o facto de ter sido acompanhado à guitarra por Artur Paredes.

Manuel Alegre reconhece que Bettencourt constitui uma "grande figura do fado de Coimbra ao lado de Artur Paredes"; que "trouxe algumas das mais belas canções populares e um lirismo mais forte". E acrescenta: "Lembro-me que os cantores da minha geração queriam todos cantar como Bettencourt, uma oitava acima".

Rui Pato, outro dos notáveis do fado de Coimbra, recorda Bettencourt como "o primeiro grande inovador"; "o percursor da linha que foi depois seguida por Zeca Afonso, ao introduzir no fado temas dos Açores, da Beira Baixa, de várias regiões". E "é também um poeta, um progressista que rompeu com a tradição seguida nos anos 20/30"; "aprendi a gostar de Bettencourt com José Afonso, que, aliás, lhe dedicou um dos seus discos de fado de Coimbra".

Segundo Herberto Helder, "Cabe a Bettencourt a honra de ser uma das pouquissimas vozes modernas entre o milagre do 'Orfeu' e o breve momento surrealista português".

4 comentários:

samuel disse...

Muito eu ouvi o Zeca a gabar este Bettencourt! Devia realmente cantar bem o "raça" do homem...
Nunca ouvi nada cantado por ele. Tenho mesmo que fazer alguma coisa por isso.

Abraço

Maria disse...

Tenho para ali uns EP's (???) velhinhos todos riscados, com Edmundo Bettencourt a tocar....
.... ai como sou antiga, credo....

Já agora que li o comentário do Samuel, vou procurá-los e da próxima vez que nos encontrarmos, Samuel, já sabes....

Um beijo, Fanha

Maria disse...

Acho que não é a tocar, mas sim a cantar. Já agora vou tb procurar o Menano...

Florzinha disse...

Oi José foi um prazer recebê-lo em nosso espaço, esperamos que sempre retorne.Somos professores na região amazônica, um lugar repleto de histórias para contar, por isso saímos entre ruas e rios a contar nossa ancestralidade indigena, negra e branca, imagine que mistura cultural!!
Estamos aqui por uma literatura da voz.
Abraços Andréa Cozzi - Belém-Pará-Brasil.