sábado, 28 de fevereiro de 2009

MARX BROTHERS



Diz o meu amigo Carlos Mendes que só há duas maneiras de funcionar dentro deste Estado no estado de falta de vergonha a que chegou (não é preciso dizer porquê, posi não?)

A primeira é tornarmo-nos muito mais burocratas que os burocratas e levar até às últimas consequências todas as avaliações, evidências, relatórios, registos, relógios de ponto, decretos-lei, normas, normativos, regras, artigos, etc, etc, até á total paralisação deste monstro em que nos mergulham.

A segundo é a o uso sistemático do absurdo e da desobideciência civil que são belíssimas formas de poesia activa.

Neste campo a inspiração terá sempre de passar pelos Irmãos Marx. Quem é que dizia que era marxista, linha Grouxo? Leio as notícias e apetece-me subscrever.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

EB 1 de VILA VERDE - BUARCOS



Todos nós estamos anisosos por histórias e poesia, mesmo quando julgamos que não.

Às vezes, muito injustamente, esqueço-me das mãos amigas que me fizeram chegar as fotografias. Esta foi a Tina Abrantes. Muito obrigado.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

ESTAMOS VIVOS, SOMOS LINDOS



Foi num programa do Nicolau Breyner há uns 12... 15 anos, talvez. Vesti a pele do palhaço, em referência ao sonho de vir um dia, uma noite a acturar como tal na pista de um circom, um sonho que guardo apenas para quando for grande.eira de Carnaval.

Fiva bem numa 3ª f

Ainda de palhaço declamei este poema que se chama "BALANÇO GERAL" e que acaba com a frase "ESTAMOS VIVOS SOMOS LINDOS".

Um beijinho à minha amiga Helena Correia que me fez chegar o endereço no You Tube.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

SOUZELAS



Há escolas assim, onde a emoção do encontro nos fica dentro do peito. Escolas como esta onde, em condições difíceis, alguns professores se transcendem e esquecem o desprezo com que são tratados para construir um trabalho cheio de dignidade e seriedade que vai muito para além dos relatórios, das avaliações, dos programas.

Ser professor é uma arte fina e rara. Quando encontramos um ou uma professora devemos tirar-lhe solenemente o chapéu e agradecer o que fazem pelo futuro deste país.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

THE WEAVERS




Grupo americano famoso formado em Novembro de 1948 por Ronnie Gilbert, Lee Hays, Fred Hellerman e Pete Seeger e estão na base do impacto e da popularidade da música folk nos anos 50 e 60.

As suas canções de protesto, canções de apoio aos sindicatos americanos, as suas posições de esquerda valeram-lhes proibições, perseguições por parte do FBI e a colocação dos seus nomes na Lista Negra do chamado macartismo que anunciava os nomes daqueles a quem os estúdios de cinema, as cadeias de televisão e as gravadoras de discos, não podiam dar trabalho e que incluia nomes de actores, realizadores de cinema, músicos como Charlie Chaplin, Aaron Copland, Dashiell Hammett, Joseph Losey, Zero Mostel, Orson Wells, Dalton Trumbo, etc, etc.

Pete Seeger continuou a sua carreira a solo quando o grupo se disfez em 1952. No entanto, em 1955 o grupo voltou a juntar-se para cantar em público e em 1958 Pete Seeger voltou a sair por discordãncias diversas, nomeadamente quanto ao desejo de alguns elementos do grupo de aceitar canções de publicidade ao tabaco.

O grupo continuou a cantar e teve várias formações. Em 2005 receberam o Lifetime Achievement Award na entrega dos Grammys.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

UMA MENINA COM UM LIVRO





“Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”

Clarice Lispector, escritora brasileira, “A descoberta do mundo”

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O TROMBONE



Pela segunda vez vai á cena este divertimento teatral que escrevi há meia dúzia de anos.

Trata-se de uma "Clownerie para 87 grandiosos cenários, 72 cenas de arrepiar os cabelos, 35 personagens arrasadores, 9 sinfonias incompletas, 3 actos e meio, dois actores e um Trombone".

Desta vez é encenado pelo Paulo Matos, produzido pelo Miguel Pedra e interpretado pelos actores Vítor Emanuel e Luís Viegas.

Estreia-se hoje em Oliveira de Azemeis e vai andar em digressão pelo país.

BIBLIOTECA LÍDIA JORGE



De regresso à Biblioteca Lídia Jorge na EB23 Aníbal Cavaco Silva de Boliqueime.

Uma das muitas Bibliotecas escolares onde o trabalho dos professores é excelente e enorme a adesão dos meninos.

E é nos lugares de excelência que mais se sente a dor dos professores e a sua revolta.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O MAR É AZUL AZUL




Eu, João Lourenço e a Vera San Payo Lemos, ou só eles os dois, trabalhámos vários textos de Bertolt Brecht. Surgiu então a ideia de escrever uma peça que fosse a reflexão sobre o conjunto desses textos, os seus temas e a própria figura de Brecht e constituísse uma pequena antologia de canções e cenas das peças do grande autor alemão.

O resultado foi "O MAR É AZUL AZUL" levado à cena em 1998 no Teatro Aberto.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

SWEENY TODD




Um musical da Broadway de Steven Sondheim, que já fora autor das letras de "West Side Story".

Produção conjunta do teatro Nacional D. maria II e do Teatro Aberto, o espectáculo foi levado à cena no teatro Nacional D. Maria em 1997 e de novo no Teatro Aberto em 2007

Tive novamente um imenso prazer em trabalhar este texto. Mas foi talvez o mais difícil que trabalhei em teatro. Porque a língua inglesa é muito mais sintética que a portuguesa e tem muitas palavras monosilábicas e agudas, enquanto o português está cheio de palavras graves e algumas exdrúxulas. Foi necessário trabalhar e retrabalhar, fazer grandes equilibrismos, para conjugar a tradução portuguesa com o magnífidesenho musical de Sondheim.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ASCENSÃO E QUEDA DA CIDADE DE MAHAGONNY



Uma ópera de Brecht e Weill encenada pelo João Lourenço e levada à cena em 1985 no Teatro Nacional de S. Carlos

Uma canção que ficou famosa cantada pelos Doors e por outros, "Alabama song" ("O show me the way to the next whisky bar...")

Um trabalho exaustivo para colocar as palavras no desenho da música. Sempre em companhia da Vera san Payo Lemos e do João.

Foi um espectáculo verdadeiramente grandioso.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

ÓPERA DE 3 VINTÉNS



Outro trabalho que me deu imenso prazer. Novamente Brecht. Um texto mítico. Uma canção que ficou famosíssima pelo seu título em inglês "Mac the Knife" e que é tocado e cantado por imensos músicos e cantores de Jazz.

Novamente trabalhei as letras das canções para se adaptarem em português à música de Kurt Weill. Foi um grande espectáculo, levado à cena em 1992 e de novo em 2005.

"A ópera de 3 vinténs" é inspirada na "The Beggar's Opera" de John Gay e inspirou a "Ópera do malandro" de Chico Buarque de Holanda.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

UBU



Tenho muita saudade desta peça, o primeiro texto original que resultou da colaboração com o João Lourenço e a Vera San Payo Lemos e que pegava na famosa figura do Rei Ubu de Alfred Jarry para o trazer para uma charge no Portugal de então.

Divertimo-nos muito durante o trabalho de escrita. No entanto, nesse ano de 84 a crise era muito dura e os teatros estavam vazios. Muitos dias havia menos espectadores na plateia do Teatro Aberto do que actores no palco.

Algumas críticas nos jornais, que sempre senti demasiado injustas, desancaram o espectáculo e especialmente os autores. Alguns anos mais tarde o "UBU" teria sido um êxito retumbante. Há textos assim. Surgem fora de tempo.

Nunca me esquecerei dos momentos em que Ubu (Mário Viegas) chamava o Capitão (Miguel Guilherme) e lhe dava uma dentada no nariz que era feito de cone de bolacha.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A BOA PESSOA DE SETZUAN



E mais outra peça do Brecht. Foi a primeira vez que tive de adaptar as letras das canções respeitando a estrutura musical e a métrica prévias, neste caso das canções originais de Paul Dassau.

Três deuses descem à Terra que consideram estar completamente corrompida. Tão corrompida que mais vale ser destruída. No entanto, os deuses estão dispostos a não a destruir se conseguirem encontrar uma pessoa boa. Basta uma. E a única boa pessoa que encontram é uma miserável prostituta.

Este é um texto que sempre apreciei especialmente e que fala da dificuldade de se ser bom numa sociedade podre e viciada.

Até aqui, nada de especial. A siociedade trata-nos mal, explora-nos, violenta-nos.
Que espaço nos resta para a bondade ou a amabilidadce?

Brecht é no entanto mais complexo do que às vezes o querem fazer crer e, também, um pouco mais romântico do que o que parece porque, simultaneamente, nos mostra a impossibilidade que as boas pessoas boas e amáveis têm de deixar de o ser.

Um belo texto para tempos de crise e podridão...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OIÇAM COMO EU RESPIRO



Outra peça em que trabalhei com o João Lourenço e a Vera San Payo Lemos e logo a seguir ao "BAAL" . Um texto forte, um espectáculo forte, um dos grandes trabalhos da Irene Cruz

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

BAAL



Esta era a capa do programa do "BAAL" de Bertolt Brecht levado à cena no Teatro da Trindade em 1980.

Tradução: Vera San Payo Lemos

Versão: José Fanha e João Lourenço

Cenários e figurinos: João Vieira

Música: Pedro Osório

Execução musical ao vivo: Carlos Bica, Manuel Fatela, Manuel Martins, Mário Laginha e Tomás Pimentel

Encenação de João Lourenço.

Actores (etre muitos outros: Mário Viegas, João Perry, Irene Cruz