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Quando se desenvolve apenas a capacidade de desfrutar da parte estética, termina-se em Aushwitz. O comandante nazi que desfrutava a ouvir tocar Mozart aos seus prisioneiros fruía muito da parte estética da música. Mas a sua dimensão espiritual estava a zero, tal como a sua sensibilidade e o seu humanismo. É muito importante não separar nunca o desfrute da beleza da parte estética de uma obra, da sua dimensão espiritual que é o que dá sentido a tudo. O sentido do sacro - que não significa necessariamente religioso - é que o homem é sagrado, as palavras são sagradas, porque são algo essencial que não podemos perverter. Se utilizamos apenas a beleza estamos a perverter, a utilizar algo somente exterior e superficial. Esse é o princípio da decadência.
erter
(Entrevista de Jordi Savall no "Y", Público, 29/01/10)
1 comentário:
Bravo!!!
O que realmente importa no homem é, como você quis afirmar, sem dúvida a ESSÊNCIA...
Parabéns, meu amigo!
Voltarei para acompanhá-lo mais de perto.
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