(Relembrando alguns quadros de Magritte)
O meu guarda-chuva preto
é um engenheiro verde.
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Ou melhor,
tenho um copo de água
Inesperadamente cheio
de engenheiros amargos
vestidos de absinto.
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Ou ainda,
uma chuva de engenheiros
transforma um copo de absinto
na água que cai do alto da tristeza.
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Ou talvez,
a mãe do pintor afogou-se
num rio de copos de água
e nunca mais deixou de se ver
uma chuva de engenheiros
a descer suavemente para o céu.
José Fanha
(do livro inédito "CANCIONEIRO FELIZ com algumas nuvens")
1 comentário:
Reli a "máquina de fazer espanhóis" de vhmãe. Não é que vejo magritte por todo o lado? :) que coincidência.
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