No dia 28 de Março, à mesma hora um grupo de jovens, de Norte a Sul do país colou este cartaz nas montras do BPN e fotografou-o para que não houvesse dúvidas.~
Dizem-mde que a informação, jornais e televisões, deixara, ignoraram a notícia. Não o posso garantir porque deixei de frequentar na nossa informação. Mas parece-me lógico que só transmitam discursos dos partidos no poder e reflexões oblíquas sobre os sacrifícios que teremos de fazer para pagar as necessidades dos Bancos que o FMI vai satisfazer.
É importante que esta notícia passe de boca em boca e de blogue em blogue.
Como dizia o poeta Daniel Filipe: há sempre alguém que diz não.~
A notícia completa vem no http://eopovopa.wordpress.com/
Transcrevo uma parte:
GUARDA
Quando falamos do buraco nas contas públicas deixado pelo BPN referimo-nos a cerca de 6500 milhões de euros, ou seja, a mais de 13 milhões de salários mínimos, mais de um salário mínimo por cada habitante deste país.
A Caixa Geral de Depósitos enterrou directamente no BPN cerca de 4600 milhões de euros, a somar aos 2000 milhões de euros em imparidades (activos tóxicos), o que perfaz cerca de 4% do PIB. Explicitando: este valor assemelha-se ao encaixe total que o Estado português prevê fazer com o plano de privatizações. Dito de outra forma, assemelha-se ao valor previsto pelo plano de austeridade de 2010, em que para o cumprir foram necessários os PEC, mas também o fundo de pensões da PT, no valor de 1600 milhões de euros. Este é o valor da factura que todo nós estamos a pagar.
PORTO
Quase três anos após a falência do BPN, podemos dizer que aquilo que estamos a pagar é a fraude,a promiscuidade entre a política e a finança, a cumplicidade e a troca de favores, os offshores, a evasão fiscal. Enfim, estamos a pagar o preço de um crime que não cometemos.
O caso BPN configura o processo de desagregação do Estado democrático, onde se salvam os accionistas e as entidades reguladoras, onde se escolhe salvar os activos nacionalizando os prejuízos à conta dos impostos que pagamos. O caso BPN diz-nos que em Portugal a fraude compensa e, quando esta vence, a democracia perde. Portugal está transformado num país onde há Estado máximo para alguns e Estado mínimo para quase todas as outras pessoas.
COIMBRA
Quando nos dizem que o tempo é de sacríficios , sabemos que a sua distribuição não é justa nem democrática. Quem escolhe salvar Bancos para salvar amigos legitima a corrupção. Para o fazer, corta onde é mais necessário: nos serviços públicos e nas prestações sociais.
Não nos falem de austeridade, falem-nos de justiça.
SETÚBAL
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3 comentários:
Ainda me questiono onde terá o Estado colocado o dinheiro... se os clientes ainda não receberam nada, o dinheiro foi para cobrir dívidas (ou depósitos dos "amigos"?)... ora se foi para isso, mais valia o banco ter ido à falência... é o que sucede com outra empresa.
Reconheço que a ida de um banco à falência poderá gerar medos que levam a uma corrida aos bancos, com os problemas consequentes... mas deverá haver uma forma de programar a falência sem gerar medos...
O certo é que para o banco não falir, teremos agora de vender os poucos anéis que nos restam...
Tens razão
a canalha anda à solta
Abraço
Custa a crer. E ninguém foi condenado, pois não?
Miséria!... Ainda voltam a ganhar e se não eles, outros ainda piores.
L.B.
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