quinta-feira, 23 de junho de 2011

JORGE SEMPRÚN



Morreu há poucos dias aquele que é para muitos um dos grandes escritores europeus dos últimos 50 anos: Jorge Semprún.

Filho de um embaixador espanhol, em 1941 estuda filosofia em Paris, em 1942 torna-se militante do Partido Comunista Espanhol, em 1943 é preso e torturado pela Gestpo e deportado para o campo de concentração de Buchenwald.

Durante os anos 50 dirige o PCE na cadestinidade no interior da Espanha franquista e torna-se famoso sob o pseudónimo de Federico Sanchez.

No início dos anos 60 abandonou a militância comunista e dedicou-se apenas às actividades de escritor e guionista de cinema.

De 1988 a 91 foi ministro da cultura de um governo de Felipe González.

Da sua obra destaco o guião para o filme "A CONFISSÃO" de Costa-Gravas e dois livros que me marcaram profundamente: "A ESCRITA OU A VIDA" e "VINTE ANOS E UM DIA".

Perante certas correntes literárias que pretendem uma literatura liofilizada e defendem a independência do autor e da sua biografia pessoal em relação à respectiva obra, Semprún lembrava sempre que a biografia de um escritor não interessava à literatura apenas no caso dos escritores que não tinham biografia.

Jorge Semprún era um escritor, um cavalheiro, um homem.

Ao saber da morte de D. João II, Isabel a Católica anunciou: "Morrió el hombre!"

De Jorge Senprún pode dizer-se que Morreu um Homem com letra grande que também era um grande escritor

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