quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AMOR SÓ AMOR


De vez em quando desço - ou subo - aos jornais. Tenho evitado frequentar a informação ou aquilo a que se chama informação em Portugal.

Tenho mais que fazer.

Há coisas muito mais importantes a tratar do que ficar a saber os dislates de quem manda no país, os cursos que não tiraram, as asneiras que dizem nos discursos, as aldrabices descaradas, os roubos, os dinheiros escondidos na Suiça ou noutros sítios com menos vacas, as conversas dos comentadores patarecos que falam em economês, o fim dos casamentos dos jogadores de futebol, as operações plásticas das vedetas de ocasião e mais e mais e mais.

Mas no meio dos jornais, lá nos cantinhos mais esconsos, vou encontrando gente que pensa, que também fala da vida real, de coisas importantes e não das outras tontices de comer e deitar fora.

Falo do António Guerreiro, da Alexandra Lucas Coelho, de Frei Bento Domingues, do Professor Daniel Sampaio, de Ana Cristina Leonardo e mais alguns.

Respigo do artigo de domingo 19/08/12 de Alexandra Lucas Coelho no suplemento do Público a história do cantor brasileiro Jards Macalé que, durante a próxima Copa do Mundo no Brasil, tem o plano de desdobrar uma bandeira gigante do Brasil em que em vez de "Ordem e Progresso" esteja escrito "Amor, Ordem e Progresso".

Aliás, macalé já encaminhou para o governo um pedido de alteração da bandeira.

"O primeiro passo será esse.", diz ele. "Depois de desaparecer a Ordem e o Progresso fica o Amor."

Há gente assim pelo mundo fora. Gente que faz das palavras coisa séria. Da arte um caminho. Do amor uma utopia possível.

2 comentários:

Sílvia Mota Lopes disse...

Pelo menos esse ninguém o pode tirar;)

Licínia Quitério disse...

Nunca me tinha passado pela cabeça que uma utopia pode ser possível. Pois pode, agora que o disseste. Também não conhecia o cantor. Sou tão ignorante!


Beijinhos.