Deus existe
e dança no seu gesto largo
ao largo da penúria
dos metais unívocos.
Deus sorri
contente
mergulhando as mãos no barro.
Tu serás de terra e ocre
tu de fogo
tu de cinzas e silêncio
tu raiz ou mel ou ave.
Deus te deu a porta e a laranja.
Abrirás a porta.
Teu será o fruto
a curva
o sumo.
Correrás o labirinto.
Tomarás para ti a lama
os trapos
e as paixões.
Seguirás em busca
da turfa do poema.
José Fanha, "Elogio dos peixes, das pedras e dos simples"
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