sábado, 6 de março de 2010

POESIA NA RUA EM LOULÉ



E assim foi este projecto da Biblioteca de Loulé de que fui gostosamente cúmplice.

As pessoas ficavam admiradas por ver aparecer um sujeito a conversar com elas e a dizer poesia em bancos, cafés, restaurantes, pastelarias. E também nalgumas escolas, no Arquivo Municipal, na Universidade Sénior...

Alguns fingiam que não ouviam. Ou não ouviam mesmo. Não estavam disponíveis para a interferência da voz e das palavras.

Muitos outros sorriam. Paravam de comer. Aplaudiam. Uma cozinheira parou o seu serviço para vir ouvir. Houve quem viesse agradecer. Funcionárias da Caixa Geral de Depósitos pediram para repetir esta iniciativa. O proprietário de uma pastelaria em Quarteira achava que devia acontecer todas as semanas.

Sempre entendi que o lugar mais nobre para ser habitado pela poesia é a Praça, que como o Manuel Alegre dizia no início dos anos 60 é a PRAÇA DA CANÇÃO.

E que bem que fica trazer a poesia para a rua nesta terra onde, em tempos, o grande António Aleixo a foi acendendo também de café em café?

1 comentário:

Maria da Soledade disse...

Caríssimo Fanha

Encanta-me a ideia de fazeres sair a poesia dos livros e de a dares a ouvir com a tua poderosa voz. Queria que os meus alunos, Escola Secundária com 3.º ciclo de Caneças, também se encantassem.
Não sei se será possível mas, as duas últimas semanas de Março hão-de ser as Semanas da Leitura. E todas são boas para te ouvir.
Fica o meu contacto:
sol.dade2@gmail.com
Soledade Almeida - professora bibliotecária (uma amiga, da Penha de França, com muitas saudades)