segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Comigo me desavim





Comigo me desavim
Sou posto em todo o perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.

Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assi crecesse,
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meu espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo,
Tamanho imigo de mim?

Sá de Miranda

2 comentários:

o escriba disse...

José Fanha

Já naquela altura havia crises existenciais e incompreensão do eu. Se fosse hoje, já Sá de Miranda estaria refastelado num qualquer sofá de psiquiatra a fazer introspecções e "flashbacks".
Não conhecia este poema (que sei que tem outro nome, mas deu-me uma branca)e gostei muito.

Um abraço
Esperança

Menina Marota disse...

"Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."

Agradecia que passasse pelo MM para recolher o Prémio que foi atribuído a este Blogue.

Um abraço ;)