quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A BOA PESSOA DE SETZUAN



E mais outra peça do Brecht. Foi a primeira vez que tive de adaptar as letras das canções respeitando a estrutura musical e a métrica prévias, neste caso das canções originais de Paul Dassau.

Três deuses descem à Terra que consideram estar completamente corrompida. Tão corrompida que mais vale ser destruída. No entanto, os deuses estão dispostos a não a destruir se conseguirem encontrar uma pessoa boa. Basta uma. E a única boa pessoa que encontram é uma miserável prostituta.

Este é um texto que sempre apreciei especialmente e que fala da dificuldade de se ser bom numa sociedade podre e viciada.

Até aqui, nada de especial. A siociedade trata-nos mal, explora-nos, violenta-nos.
Que espaço nos resta para a bondade ou a amabilidadce?

Brecht é no entanto mais complexo do que às vezes o querem fazer crer e, também, um pouco mais romântico do que o que parece porque, simultaneamente, nos mostra a impossibilidade que as boas pessoas boas e amáveis têm de deixar de o ser.

Um belo texto para tempos de crise e podridão...

2 comentários:

Madalena S. disse...

Gostava muito de o ver encenado novamente.
Nestes tempos de crise e podridão... nas mãos do encenador certo... havia de dar que falar!

Mar Arável disse...

Bem me recordo

recriado

sempre

Resistir é preciso