Deixo a notícia do jornal espanhol sem adjectivos. Porque muitas vezes o adjectivo esconde e limita a necessária indignação e a sua expressão numa acção para além das palavras.
Junto-lhe uma canção do José Mário Branco cantada pelo Camané. "A cantar é que te deixas levar".
Também podemos dizer que a cortar (os nossos salários, os cuidados de saúde, o apoio à 3ª idade, etc), e a aceitar esses cortes sem reacção, ou até pior, com compreensiva aceitação, é que nos deixamos levar.
E siga a dança. Até quando?
"España será la selección que menos pague por noche de hotel de cuantas participen en la Eurocopa que se celebrará en Polonia y Ucrania el verano que viene. La expedición española, que se hospedará en el Hotel Mistral de Gniewino, a pocos kilómetros de Gdansk -su sede en los primeros tres partidos- abonará 4.700 euros por noche en concepto de habitaciones. Este precio incluye el total de todas y cada una de las que se utilicen para hospedar a jugadores, técnicos, directivos y demás miembros de la expedición, es decir, unas 40. Dinamarca, que se alojará en Kolobrzeg, será el segundo con menos gasto (7.700) y Croacia, cuya sede estará en Warka, completa este particular podio con 8.300 euros al día.
En la parte contraria, la de selecciones que más paguen por su estadía, aparece Portugal. Los Cristiano, Pepe, Coentrao y compañía abonarán 33.174 euros por noche, es decir, siete veces más de lo que pagará España, en su hotel de Opalenica."
Do jornal desportivo AS
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4 comentários:
Ilustríssimo arauto das palavras:
É bom saber que alguém cumpre o dever de dar voz aos indignados silenciosos em que nos tornámos. Mas Abril está próximo e é nossa obrigação não sermos escravos da banca, das bolsas e outras finanças anónimas afins. Até sempre
Vaz Nunes - Ovar
Até quando estes silêncios adormecidos em leitos de desigualdades e de medos, esta passividade? Até quando esta submissão? Quando chegará a revolução das consciencias? Quando chegará a revolução das vozes audivéis ... e das acções justas e dignificantes? É urgente acordar!
Com todo o respeito, não me parece que as pessoas estejam adormecidas.
As pessoas estão desiludidas
indignadas
espantadas
apreensivas
expectantes
preocupadas
exiladas
incrédulas
impotentes perante a avalanche de decisões do poder que lhes retira futuro e a tantas come-lhes o presente!
Entretanto, a indignação das pessoas, a nossa, manifesta-se ora de forma mais ousada, ora no ar agrilhoado das que todos os dias encontramos na rua, no trabalho, no supermercado ou no posto de saúde que vamos adiando. Creio que, no fundo, no silêncio, cada um tenta vislumbrar a melhor forma, não de combater o presente de crise e de cortes, mas de lhe pôr fim, pondo os senhores decisores e apoiantes a viver do parco que estão a legislar aos outros, os governados. O povo, esse, não existe. Eistem as pessoas e um país a empobrecer a olhos vistos! Portugal é de quem?
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