Por que razão pensei que fosses
mulher fria hierática distante
igual aos teus antepassados de Covadonga
aos Celtas híbridos de Ibéricos
e que os teus cabelos muito jovens brancos
sinal fossem de tudo isso?
Por que razão sempre te amei tão pouco
quando amar-te era o meu mais fundo desejo
saber quando rias era verdade
como as rias da nossa Galiza
e os recifes abruptos da velha Astúrica?
Agora que estás longe longe demais
os teus olhos secos a tua pele com algumas sardas
o teu andar vagaroso mas vivo
agora que tudo isso é uma ideia um repouso
forçado num pequeno cemitério chamado Xiesteira
talvez comece a saber que não eras uma mulher fria
e que me amavas porventura muito
à tua hierática maneira.
José Carlos González
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