Morreu. Deitada no caixão estreito,
Pálida e loira, muito  loira e fria,
O seu lábio tristíssimo sorria
Como num sonho virginal desfeito.
- Lírio que murcha ao despontar do dia,
Foi descansar no derradeiro leito, 
As mãos de neve erguidas sobre o peito, 
Pálida e loira, muito loira e fria...
Tinha a cor da rainha das baladas
E das monjas antigas maceradas, 
No pequenino esquife em que dormia...  
Levou-a a morte na sua graça adunca! 
E eu nunca mais pude esquecê-la,nunca! 
Pálida e loira, muito loira e fria... 
António Feijó
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
 
 
 




















Sem comentários:
Enviar um comentário