quarta-feira, 27 de agosto de 2008

As portas que batem

As portas que batem
nas casas que esperam.
Os olhos que passam
sem verem quem está.
O talvez um dia
Aos que desesperam.
O seguir em frente.
O não se me dá.

O fechar os olhos
a quem nos olhou.
O não querer ouvir
quem nos quer dizer.
O não reparar
que nada ficou.
Seguir sempre em frente
E nem perceber.


Maria Judite de Carvalho

2 comentários:

Rita Carrapato disse...

Continua a haver muitas portas a baterem assim.
Ficou-me na boca o sabor de ler este livro. Obrigada pela recomendação.
Um beijinho

Rita carrapato

C. Cardoso disse...

Vou levar emprestado, e a esta porta virei mais vezes visitar.
Obrigada