sexta-feira, 18 de abril de 2008

JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS

SONETO DO TRABALHO


Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e dar dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.

4 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

José Fanha
Foi com grande emoção que reli este belo poema do saudoso Ary dos Santos.

Abraço

Maria disse...

Este poema está indissoluvelmente ligado à voz do Fernando Tordo. Dificilmente o leio sem ser a "cantar"...

Obrigada, poeta Amigo.
Um abraço

margarida disse...

"Agora ninguém mais cerra
As portas que Abril abriu!"

José Carlos Ary dos Santos

avelaneiraflorida disse...

Caro José Fanha,

relembro este poema...e emoções vividas!!!
"Brigados" mais uma vez!!!!
Bjkas!