Se quiseres ver o meu peito
Desaperta o meu colete.
Lá verás meu coração
Na ponta de um alfinete.
Minha mãe p’ra eu casar
Prometeu-me três ovelhas,
Uma manca a outra cega,
Outra mouca, sem orelhas.
Mostrai-me os vossos pezinhos
Ó meu Menino Jesus;
De joelhos vou beijá-los
Antes que os preguem na Cruz.
Laranja, laranja azeda,
Oh laranjinha, limão,
O pai quer, a mãe consente,
E a filha não diz que não.
Não te encostes à parreira,
Que a parreira deita pó;
Encosta-te á minha cama,
Sou solteira e durmo só.
Não vi ribeira sem água,
Nem praça sem pelourinho,
Nem donzela sem amores,
Nem padre sem beber vinho.
Passei a raia de Espanha
A cavalo num mosquito;
Disseram-me as espanholas:
- Que cavalo tão bonito!
Duas horas tem o dia,
Duas horas nada mais,
É uma quando tu chegas,
A outra quando te vais.
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