segunda-feira, 28 de julho de 2008

FRAGMENTOS DE UMA ELEGIA – 1

Descansa, borboleta branca,
em minhas mãos abertas e retoma
o teu breve voar de um só dia.
Vens da noite misteriosa, espírito
de outro corpo. Que luz
de súbito se faz nesta loucura?
Melancolia, talvez, morte
chorada. Lanço-te ao vento.
Para que o fogo não volte
a queimar-te as asas.
A medo, terror mesmo, horas passadas,
olho-te tombada nesta sala.
Regressaste aqui, para morrer.
Mas à vida te devolvo. Voa, borboleta!

Eduardo Guerra Carneiro

1 comentário:

Caçadora de Emoções disse...

"Voa, borboleta!"
Gosto das borboletas... de observar as suas múltiplas cores, beleza, o seu voo rumo à liberdade!

Beijo e um sorriso :)