Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.
Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas,
- o braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Versos brandos... Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da Hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Sidónio Muralha
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2 comentários:
"e os poetas são os próprios versos dos poemas" é uma ideia que há muitos anos considero uma das coisas verdadeiramente extraordinárias que li.
Abraço
Confesso que essa ideia também mexe muito comigo!..
Personaliza o poema, há uma mistura e interacção com o seu autor.
Beijos,
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