domingo, 4 de maio de 2008

A LIBERDADE DE AMAR

Descobrir a liberdade de amar foi uma das grandes conquistas dos jovens nos anos de 67, 68, 69.

Nos EUA gritava-se "MAKE LOVE NOT WAR".

Não podíamos estar mais de acordo. Mas em Portugal era proibido dar um beijo na boca em público. Dava direito a prisão.

Os vícios escondidos dos senhores do regime vieram a lume com os Ballets Roses mas logo foram tão apagados quanto possível.

Mas a liberdade de amar com alegria e transparência, entrega e fervor, essa liberdade é que era o escândalo e a subversão para eles.

E eu lembro-me do orgulho com que andávamos de mão dada e nos abraçávamos na rua, nas paragens de autocarro, no metro, com que nos beijámos felizes de amar à luz do sol.

Tínhamos 17 ou 18 anos e o mundo estava a ser varrido por um grande vento.

6 comentários:

Maria disse...

Foi um tempo em que extravazámos tudo o que esteve recalcado durante anos, e foi (ainda é) tão bom...

Lúcia disse...

Sou pós-68. Em Abril tinha 2 anos. Não vi; não estive; não conquistei. Pude amar ao sol; ao luar; sentir a brisa do mar a dois. Mas, porque houve quem escrevesse; cantasse; quem, com palavras, tão bem descreveu, que sinto que Abril também é meu. Como se lá tivesse vivido; lutado. Conheço o Zé Fanha desde pequenita. E forasm as suas palavras e a de tantos outros que me sinto uma papoila de Abril. Obrigado

Lúcia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lúcia disse...

Correcção, pois a mensagem anterior tem alguns erros e está muito mal escritinha (mão à palmatória): "E foram as suas palavras e as de tantos outros que fizeram com me sentisse, desde sempre, uma papoila de Abril. Obrigado".
Parece mais perceptivelzinha, esta mensagem:)

Caçadora de Emoções disse...

Não vivi essa agitação...
Hoje, devemos estar gratos porque podemos mostrar ao Mundo lá fora a felicidade que sentimos por dentro.
Sem quaisquer receios...

Um abraço,

Mar Arável disse...

Estava lá