segunda-feira, 28 de junho de 2010

CAMARADA



Há canções que nos acompanham pela vida. Ficam a ressoar. Adormecem. Reaparecem aqui e ali, trazendo um gosto doce peito. É o caso desta que traz uma palavra muito especial.

Há palavras que se gastam e perdem o sentido. Foram tantas as que já vi desapossadas da sua verdade. Uma delas é esta: Camarada. Vem de um tempo antigo e belo, o tempo da plena solidariedade. É uma palavra muito bonita, camarada...

C'est un joli nom Camarade
C'est un joli nom tu sais
Qui marie cerise et grenade
Aux cent fleurs du mois de mai
Pendant des années Camarade
Pendant des années tu sais
Avec ton seul nom comme aubade
Les lèvres s'épanouissaient
Camarade Camarade

C'est un nom terrible Camarade
C'est un nom terrible à dire
Quand, le temps d'une mascarade
Il ne fait plus que frémir
Que venez-vous faire Camarade
Que venez-vous faire ici
Ce fut à cinq heures dans Prague
Que le mois d'août s'obscurcit
Camarade Camarade

C'est un joli nom Camarade
C'est un joli nom tu sais
Dans mon cœur battant la chamade
Pour qu'il revive à jamais
Se marient cerise et grenade
Aux cent fleurs du mois de mai

3 comentários:

Maria disse...

Ainda não está gasta. Ainda não perdeu sentido.
Gostei do post, de Jean Ferrat nem falo...

Beijo.

Teresa disse...

Talvez as palavras bonitas e especiais só fiquem gastas se deixar-mos de amá-las.Talvez só percam o sentido se não forem sentidas!Mas,"não são as palavras dos poetas sempre muito mais verdadeiras do que aquilo que nos dizem ser a realidade?"
E mesmo que assim não fosse,"restera-t-il umn chant d´oiseau".

Teresa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.