segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
2013
(Maria Keill, imagem "emprestada" do extraordinário ALMANACH SILVA do meu amigo Jorge Silva)
Queridos amigos,
Espero que o próximo Ano nos traga uma benção maior do que a que nos
prometem os corvos deste país.
É nossa a capacidade de transformar maus augúrios em bons momentos.
Pela nossa solidariedade, pela decência vertical, pela festa do
conhecimento, pela luz da palavra.
Desejo-vos o melhor da vida, saúde, alegria e paz.
Muita amizade e ternura,
José Fanha
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
UM LIVRO NOVO
Caras amigas e amigos,
Acabou de sair um livro que reune 40 anos da minha poesia.
Ainda me custa a crer que passou tanto tempo desde o dia em que que
subi ao palco para dizer poemas ao lado de um senhor por quem tinha e
continuo a ter um imenso respeito : o José Afonso. foi aí que começou
esta viagem de poesia ás costas que ainda não parou., poesia que foi
dando à costa em livrinhos por aqui e por ali e que agora ficam todos
juntos.
O livro chama-se JOSÉ FANHA POESIA. Foi editado pela editora LÁPIS DE
MEMÓRIAS do meu amigo Adelino de Castro que teve a coragem para editar
um livro de... 510 páginas!
Se o quiserem comprar directamente à editora podem fazê-lo. O livro
custa 22 € e será enviado á cobrança sem acréscimo dos portes de
correio.
Basta encomendá-lo para o mail:
fanha.poesia@hotmail.com
e juntar o nome e a morada.
E aqui vai um poema deste livro.
GRACIOSA (1)
Todas as palavras
rugem repetidamente
contra a rocha negra.
Tremem
frente ao ramo antigo.
Espalham espuma
em sílabas de luz.
E eu
mar
eu que sou teu filho
estou aqui, pacífico inquieto
com a minha pequena oficina de palavras
e quero tão só acrescentar
o pálido sussurro dos meus lábios
ao bater das tuas ondas.
domingo, 23 de dezembro de 2012
CARIDADE
Há demasiada gente a dar opiniões neste país. Profissionais da opinião. A televisão está cheioa deles. Os jornais também. Gente demasiadas vezes pouco séria. Porque faz da opinião uma arma de arremesso, um instrumento de poder, uma música de baile pacóvio.
Alguns dos opinistas chamam-se críticos ou especialistas. São normalmente os piores. Sobretudo os especialistas em economia. Falam do alto de um imenso saber que não têm. Usam uma verborreia especializada e aparentemente esotérica. Estão sempre a enganar-se redondamente e é muito raro retratarem-se.
Mas há excepções. Há pessoas que pensam. Pensam! Coisa rara e porventura demorada neste tempo dos clicks instantâneos.
Uma dessas pessoas é a Ana Cristina Leonardo que assina uma coluna ("Isto anda tudo ligado") no suplemento Actual do Expresso ao sábado.
Gosto quase sempre do que ela escreve. Pelo que escreve. E pela maneira como escreve. Sem medos. Sem disfarces. Sem fazer o jeito a ninguém. Prosa dura e divertida. Como deve ser.
Por causa dela compro o Expresso ou vou ler a sua coluna à surrelfa na bancada dos jornais. Porque quanto ao resto... Já estou pouco interessado em notícias ou naquilo a que se chamam notícias.
Da coluna dela de dia 15 e, já que é quase Natal, respigo duas citações. A primeira do D. Helder Câmara (Arcebispo de Olinda e Recife):
"Quando alimentei os pobres chamaram-me santo mas quando perguntei porque há gente pobre chamaram-me comunista."
Outra citação, do escritor uruguaio Eduardo Galeano:
"Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical, vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal"
E aproveito para acrescentar um verso de uma ironia articularmente áspera do poema "DIA DE NATAL" de António Gedeão:
"Hoje é dia de pensar nos outros - coitadinhos - nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria
(...)"
Já agora, um bom Natalsolidário!
(Ambas as reproduções são de quadros de Pablo Picasso)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
40 ANOS DE POESIA
Uma pessoa distrai-se e, de repente, vai a ver e já lhe passaram 40 anos pelos dedos, pela voz, pela máquina de criar utopias que traz por dentro do peito.
estou profundamente agradecido ao Adelino Castro da Editora Lápis de Memórias de Coimbra, que me desafiou a editar a minha poesia e não me largou enquanto o livro não ficou pronto.
Descobri que muito do que publiquei foi em edições marginais que se esgotaram completamente. E descobri ainda que uma parte significativa do que escrevi estava inédito.
Tudo junto deu um "tijolo" de quinhentas e tal páginas. É obra! E não está lá dentro tudo. Falta teatro, traduções de poesia, adaptações e recriações, e ainda mais alguma poesia que já anda por aí à porta para sair para daqui por mais uns meses.
A capa é de uma nova e talentosíssima amiga. Ana Biscaia, ilustradora brilhante, que em boa hora o Adelino arrastou para esta aventura.
O lançamento vai ser em Coimbra, na próxima 6ª feira, dia 21 pelas 18h00.
A apresentação será feita por dois prezadíssimos amigos. o dr. António Arnault e o dr. Laborinho Lúcio.
Depois, seguir-se-ão outras apresentações em Lisboa, Porto, Barcelos, Penafiel, Tavira, Portimão na Ericeira, por exigência da minha amiga Licínia Quitério.
Estou em pulgas para ter o "tijolo" na mão. É um bocado da minha vida. E um bocado com duas ou três coisas que não sairam mal amanhadas de todo...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
PÁSSARO NA CABEÇA - Livros que voam
4 amigos criaram uma nova pequena editora. Eu sou um deles. Queremos fazer e vender livros bonitos, fortes e mais baratos. Em breve darei mais notícias.
Os livros são pássaros que voam na esperança de encontrar um ninho.
Sempre que abres um livro, um pássaro salta rapidamente para a tua cabeça.
Nunca lhe cortes as asas, ele precisa delas para sentir o vento das palavras.
Agora vai, e lê com o … Pássaro na Cabeça.
sábado, 1 de dezembro de 2012
PALAVRAS À SOLTA EM SINTRA
Nos
A Câmara Municipal de Sintra e a Gailivro organizam durante uma semana a iniciativa «Livros à Solta em Sintra», «uma verdadeira maratona de uma semana em que nove autores da Gailivro têm encontros marcados com mais de 6000 alunos de escolas do concelho de Sintra», revela um comunicado da editora.
auditórios das localidades de Sintra, Massamá, Mira-Sintra, Odrinhas, Tapada das Mercês, Casal de Cambra, Agualva/Cacém e Pero Pinheiro vão poder ver e ouvir António Mota, José Fanha, Mariana Magalhães e Cristina Quental, Margarida Fonseca Santos, Pedro Leitão, Rosário Alçada Araújo, José Saraiva e Ana Nobre de Gusmão.
No total, 56 sessões, entre 3 e 7 de Dezembro.
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