quinta-feira, 23 de junho de 2011
IBBY
Há já anos que Portugal não estava representado no INTERNATIONAL BOARD ON BOOKS FOR YOUNG PEOPLE.
Foi agora criada a secção portuguesa desta organização que reune escritores,
ilustradores, bibliotecários, èditores, professores, gente ligada à escrita e promoção do livro para o público infanto-juvenil.
Quem quiser saber mais da IBBY é fácil, basta consultar o respectivo site na net.
Quem quiser juntar-se pode contactar o Eduardo Filipe que foi eleito Presidente da Direcção da Secção portuguesa.
Eduardo Filipe, efilipe@ist.utl.pt
JORGE SEMPRÚN
Morreu há poucos dias aquele que é para muitos um dos grandes escritores europeus dos últimos 50 anos: Jorge Semprún.
Filho de um embaixador espanhol, em 1941 estuda filosofia em Paris, em 1942 torna-se militante do Partido Comunista Espanhol, em 1943 é preso e torturado pela Gestpo e deportado para o campo de concentração de Buchenwald.
Durante os anos 50 dirige o PCE na cadestinidade no interior da Espanha franquista e torna-se famoso sob o pseudónimo de Federico Sanchez.
No início dos anos 60 abandonou a militância comunista e dedicou-se apenas às actividades de escritor e guionista de cinema.
De 1988 a 91 foi ministro da cultura de um governo de Felipe González.
Da sua obra destaco o guião para o filme "A CONFISSÃO" de Costa-Gravas e dois livros que me marcaram profundamente: "A ESCRITA OU A VIDA" e "VINTE ANOS E UM DIA".
Perante certas correntes literárias que pretendem uma literatura liofilizada e defendem a independência do autor e da sua biografia pessoal em relação à respectiva obra, Semprún lembrava sempre que a biografia de um escritor não interessava à literatura apenas no caso dos escritores que não tinham biografia.
Jorge Semprún era um escritor, um cavalheiro, um homem.
Ao saber da morte de D. João II, Isabel a Católica anunciou: "Morrió el hombre!"
De Jorge Senprún pode dizer-se que Morreu um Homem com letra grande que também era um grande escritor
sábado, 18 de junho de 2011
10 CANÇÕES QUE FAZEM PARTE DA MINHA VIDA - VERDES SÃO OS CAMPOS
Às vezes a vida dá umas voltas que nos impedem de acorrer a todos os compromissos. Este compromisso que tenho comigo, com alguns-muitos amigos, de manter este blog de pé vai continuar depois de uma pequena pausa.
E já agora aproveito para comemorar 100.000 visitas! É obra para quem, como eu, nunca votou em ninguém que ganhasse, para quem como eu passa distante dos vários caminhos politicamente correctos.
Obrigado amigos visitantes e visitantes que, não sendo amigos, partilham os caminhos das ideias, da poesia, do orgulho e da liberdade. Obrigado.
E fica bem aqui o Zeca. Dele todas as canções são canções da minha vida. Todas são pilares da construção de mim. Todas me emocionaram e continuam a emocionar, todas me fizeram sentir uma grande vontade de limpeza e verdade.
Aqui juntam-se as palavras de Camões, a música do Zeca, a voz da Úxia.
E já agora aproveito para comemorar 100.000 visitas! É obra para quem, como eu, nunca votou em ninguém que ganhasse, para quem como eu passa distante dos vários caminhos politicamente correctos.
Obrigado amigos visitantes e visitantes que, não sendo amigos, partilham os caminhos das ideias, da poesia, do orgulho e da liberdade. Obrigado.
E fica bem aqui o Zeca. Dele todas as canções são canções da minha vida. Todas são pilares da construção de mim. Todas me emocionaram e continuam a emocionar, todas me fizeram sentir uma grande vontade de limpeza e verdade.
Aqui juntam-se as palavras de Camões, a música do Zeca, a voz da Úxia.
domingo, 5 de junho de 2011
10 CANÇÕES QUE FAZEM PARTE DA MINHA VIDA - TE RECUERDO AMANDA
Vítor Jara, cantor chileno, depois do golpe de estado fascista de Pinochet em 1973 foi barbaramente assassinado no Estádio Nacional, após ser e espancado e ter as duas mãos quebradas. O seu corpo foi depois abandonado num beco sujo de um bairro miserável de Santiago.
Alguns cantores de todo o mundo cantaram depois várias das suas canções nomeadamente esta.
Não consigo ouvi-la sem chorar,
quinta-feira, 2 de junho de 2011
10 CANÇÕES QUE FAZEM PARTE DA MINHA VIDA - MACK THE KNIFE
A minha relação com Brecht tem sido longa. Adaptei vários textos seus com Vera San Payo Lemos e João Lourenço. Sempre com encenações de João Lourenço.
"Baal", no Teatro da Trindade, "Ascensão e queda da cidade de Mahagony" para o Teatro de S. Carlos, "A boa pessoa de Setzuan" e "Ópera de três vinténs" e fizemos ainda uma peça que reunia pedaços de várias obras de Brecht intitulada "O mar é azul azul".
De todas as canções das peças e óperas há uma muito especial A "Balada de Mack The Knife" que aqui deixo em três versões, Ute Lemper, Nick Cave e Louis Amstrong.
É uma canção com história. Na véspera da estreia de "Ópera de três vinténs" Brecht achava que faltava qualquer coisa à peça. Depois de várias discussões com Kurt Weill, autor da música,sentaram-se os dois ao piano e fizeram de um fôlego esta canção que conta os feitos de um terrível gangster e que viria a tornar-se num tema que faria parte do reportório de muitos músicos e, sobretudo, de músicos de jazz.
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