domingo, 9 de setembro de 2012

CONTAR HISTÓRIAS



“Se pensarmos bem, ser escritor é algo muito estranho. É uma forma
completamente doida de viver, que consiste em estar sozinho num quarto
o dia todo. Poucas pessoas conseguem aguentá-lo. A maior parte quer
ganhar dinheiro, quer segurança, e não há segurança em ser-se
escritor. E também não faz sentido escrever para ser famoso, pois
muitos não alcançam reconhecimento. Quem escolhe esta vida fá-lo por
paixão. E também porque está de algum modo doente, porque é um ser
ferido, danificado. As pessoas normais não precisam disto, o mundo
é-lhes suficiente. Estar vivas é-lhes suficiente.”


“…as pessoas precisam de arte, de histórias, de narrativa. Sejam
romances, filmes, televisão, banda desenhada ou simplesmente conversas
á volta da mesa. É algo central ao ser humano. E eu sinto que faço
parte desse enorme empreendimento humano que é contar histórias.”

Paul Auster, “Expresso”, 01.09.12


1 comentário:

Susana Maurício disse...

Não sou escritora nem poeta.
Mas necessito de "escrevinhar" o que me vai na Alma. Variados são os temas... pois várias são as causas que abraço.
O texto acima, não me incluíndo como escritora, tocou-me profundamente... realço:

"... E também porque está de algum modo doente, porque é um ser
ferido, danificado. As pessoas normais não precisam disto, o mundo
é-lhes suficiente. Estar vivas é-lhes suficiente.”

Estar viva não me é suficiente... necessito de expressar todos os sentires, emoções que estão dentro de mim.
Obrigado José Fanha por esta postagem.
Bjs
Susana Maurício