Continuando a visita por poetas que eram simultaneamente maçons, teixeira de pascoaes com o seu lirismo cheio de uma espiritualidade telúrica.
TEIXEIRA DE PASCOAES (1877-1952)
OS MEUS OLHOS E UMA PEDRA
Porque é que vós, meus olhos, de repente,
Comovidos, ficais, a contemplar
Uma pedra qualquer, se toda a gente
Era incapaz de nela reparar?
Uma pedra gelada, inconsciente,
Que nada vê; mas vosso claro olhar
Cobre-a de tal ternura, que ela sente
Como um calor de vida a despontar...
E uma oculta visão misteriosa
Transparece na pedra, que, medrosa,
Avista um indeciso nevoeiro...
Ah, foi decerto assim que a luz dos céus,
A luz que vem do Sol e vem de Deus,
Ergueu da terra, um dia, o ser primeiro!
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2 comentários:
Sem ousar comparações, acabo de escrever e publicar AMAR UMA PEDRA. Ele há coisas...
Tu conheces, Meu irmão, os dados reais e comprovados da iniciação e percurso maçónico de Pascoaes? Agradeço. Carlos
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