sábado, 25 de janeiro de 2014
POETAS & MAÇONS - VITORINO NEMÉSIO
VITORINO NEMÉSIO (1901-1978)
VERBO E EQUÍVOCO
Chamo verbo ao equívoco falado
Que em tábuas decorei de tempo e modo,
Mas o Verbo é unívoco e sagrado,
Junto a Deus, mesmo Deus, único e todo.
Lá do sempre arrancando e nunca nado,
O eterno abarca o mundo e a vida a rodo:
É no que foi e no devir, tornado
Por amor novo Adão, limpo de todo.
Desse Verbo de que falo, mal declino
O caso do meu nome, nele divino;
Anónimo, sem ele, vagueio mudo:
Mas, chamem-no os vestígios da parábola,
E brilho como a pérola da fábula,
Homem, menos que nada e mais que tudo.
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